sol2070@velhaestante.com.br apžvelgė autoriaus Mariana Enriquez knygą Nossa Parte de Noite
Para mergulhar
5 žvaigždutės
( sol2070.in/2025/11/livro-nossa-parte-de-noite/ )
Um romance de horror para mergulhar: Nossa Parte de Noite (Nuestra Parte de Noche, 2019, 544 pgs), da argentina Mariana Enriquez.
O que me atraiu foi a dimensão épica da estória, horror lovecraftiano, o foco na dimensão humana (e não tanto no terror) e o contexto político da ditadura argentina como cenário, além desse elogio de Kazuo Ishiguro:
O belo e horrível mundo de Mariana Enriquez — vislumbrado em Os perigos de fumar na cama — com suas adolescentes perturbadas, fantasmas, mortos em decomposição e os tristes e furiosos desabrigados da Argentina moderna — é a descoberta mais empolgante que fiz na ficção em muito tempo.
Nossa Parte de Noite é a estória de uma família involuntariamente envolvida, por duas gerações, com uma seita ocultista de elite, que mantém contato com uma entidade poderosa obscura.
Além de magia …
( sol2070.in/2025/11/livro-nossa-parte-de-noite/ )
Um romance de horror para mergulhar: Nossa Parte de Noite (Nuestra Parte de Noche, 2019, 544 pgs), da argentina Mariana Enriquez.
O que me atraiu foi a dimensão épica da estória, horror lovecraftiano, o foco na dimensão humana (e não tanto no terror) e o contexto político da ditadura argentina como cenário, além desse elogio de Kazuo Ishiguro:
O belo e horrível mundo de Mariana Enriquez — vislumbrado em Os perigos de fumar na cama — com suas adolescentes perturbadas, fantasmas, mortos em decomposição e os tristes e furiosos desabrigados da Argentina moderna — é a descoberta mais empolgante que fiz na ficção em muito tempo.
Nossa Parte de Noite é a estória de uma família involuntariamente envolvida, por duas gerações, com uma seita ocultista de elite, que mantém contato com uma entidade poderosa obscura.
Além de magia e ocultismo, há conflito de classe, curanderismo local, dominação oligárquica, flashback para a contracultura londrina no final dos 60 e sexo (principalmente queer). Também é a estória de formação do filho do médium que consegue abrir o portal da “Escuridão”, Gaspar, da infância até a vida adulta.
Pra mim, o horror maior foram as cenas de violência física, horror corporal, além da mentalidade das pessoas que lideram a seita. Não é uma estória que provoca medo no sentido de me fazer acender as luzes à noite.
Gostei especialmente porque, para mim, foi como uma volta às origens: peguei gosto pela ficção lendo horror na adolescência. Depois, abandonei o gênero. Não tem muito tempo, havia tentado reler Stephen King, mas não consegui. Detestei.
Agora, voltei a me interessar por horror. Quero ler mais Mariana Enriquez. Só não achei o livro muito lovecraftiano, no sentido de horror cósmico. Então coloquei também Lovecraft na fila.